21 de julho de 2010

Mas eu amoela!

Advertência: Não ligue muito para os erros gramaticais, afinal de contas, duvido muito que você tasca mesóclises no meio de monólogos interiores.

Por favor, ao menos um cochilo. Tenho que admitir, estou gostando Dela. Como foi possível? Surgir assim de uma hora para outra e me deixar desse jeito? Não pode! Acho que realmente gostava de mim desde muito tempo, senão não teria dito aquelas coisas daquela maneira tão clara, como se confessasse. Mas Ela mesma que falou que não era de gostar de qualquer um, e logo eu, um qualquer, tão banal, a ponto de duvidar que quisesse algo comigo justamente pela minha banalidade e por isso nem sequer cogite a hipótese de encará-la e tentar uma maior aproximação ou envolvimento. Duas horas. Tão bonita, tão parecida comigo, ta sei, isso é meio que egoísta, gostar de uma pessoa por ver algo que nos é tão particular. Sempre achei essas coisas normais, você gosta do que lhe convém, do que lhe agrada e nisso, oh!, muito apaixonado. Sei como sou, não vou conseguir dormir, estar desse jeito e tentar dormir. Parece que você se deita e todos os pensamentos que estavam diluídos pelo corpo quando estava em pé concentram-se na cabeça quando você se deita, por mais alto o travesseiro. Ficar rolando de um lado para o outro na cama tentando dormir até a cama ficar suficientemente incômoda para dormir. Só uma mulher como Ela para me deixar assim, assim mais lesado que o habitual. Como hoje, agora à pouco, na volta para casa, com a cabeça perto Dela, quase nem ouvi o Diego. Grande Diego. Mas ele também dificultou as coisas. Eu já fora-do-ar-apaixonado e ele lançando meu nome para o ar daquele jeito que só alguém que não se vê desde muito tempo lança para ver se a outra pessoa reconhece, se não reconhece então fica pelo não-lançado e a vida continua, quase não o conheci. Grande Diego, como pude quase o esquecer? Muito apaixonado. O seu jeito de conversar dos idos do nosso tempo ainda conseguia me trazer à realidade dos meus vôos idílicos como que tinha quando criança, como agora. Estava diferente. Se distanciando da mesa da lanchonete onde estava. Sentada ficou uma mulher que eu não conhecia. Não sei se posso pensar em casamento com Ela, tão livre que ela gosta de ser, onde estará Ela?, quase casado, ele mais sorridente que eu, me indicava sua companheira, que por educação nos chamou para sentar e cujo nome não mais me lembro. Falou quase que rasgadamente daqueles tempos antigos. O Rafinha lembra? Lembra daquele dia? Como não se lembra? Quase fomos expulsos! Ou o que escreveram da professora na parede? Ah sim, esse dia foi inesquecível. Todo um passado me vinha à memória, meio que forçosamente, certo, mas de maneira fluída e incrivelmente, incrivelmente sorridente. Um amigo daquele tempo havia morrido, acidente de moto. Todo mundo com a sua vida. Ah, aquele dia, eu, você, o Cássio, a Emanuela, e mais aquela menina do cabelo vermelho, a... como não me lembrei dela, lembro sim! Nossa, lembrei! O meu grande amigo Diego falou muitas coisas mais, mas na minha cabeça, só imagem, falava, mas não ouço, lembrava só da menina do cabelo vermelho, ele falava, ela casou, viajou, filhos, separou, e agora articulava palavras com a boca, mas não conseguia escutá-lo mais. Silêncio. Nos despedimos. Ele ficou, eu embora. Voltei pra casa, pensei no que disse, lembrei de novo Dela, e me esqueci de novo dela, e lembrar, e esquecer, e pensar, e deitar. Final de tarde, escondidos, lembro dela sim, em outra cena, eu e ela, cabelos vermelhos, ela-envergonhada olhando para o eu-nervoso e, ó sim, nada que supere Ela, claro, esta sim, estou apaixonado, com aquele jeito de mulher e sorriso de menina, como pôde ter me deixado assim com o que me falou e, mas naquele final de tarde, à noite quase que não conseguia dormir também, peito batendo rápido, meio sem saber o que fazer, gosto de cuspe. Cabelo Vermelho. Coisa de criança, mas como pôde me deixar assim? Tenho de admitir, estou gostando, como foi possível. Duas horas. Sono. Acho que Ela um restaurante dizer o pensar vou, sentir. Apaixonado. Vermelho. Você me ama? Eu te amo sempre. Promete? Saudade. Ela, gosto tanto. Vermelha ela, nervoso eu. Primeira, gosto tanto, apaixonado. Tempo. Adeus, se vê a gente um dia um? Ela gosto saber fazer não saber, feliz, amar, chorar, você, presente, sozinho, ama me falou coisas Ela casar mulher amar minha menina passado vermelho apaixonado cabelo mulher se perca de mim não, apaixominha casaeu vermeela poemeu amoEla eu............


15 de julho de 2010

Tem coisas que só um palavrão faz por você


Cacete - me desculpem pelo palavrão, e pelo negrito do mesmo. Sabe aquela história de que tem algumas sensações que só mesmo um palavrão pode expressar? pois é; e acreditem: este é até simpático perto de outros que falo quando trombo com a mesa, ou quando minhas coisas caem repetidamente no chão - Aquela história ali do lado de que eu sou é uma mistura confusa de todas as informações que recebi é bem verdade mesmo, bem verdade. Agora mesmo estava pensando nessa mistura: estava ouvindo Alanis, lendo crítica de cinema para baixar um filme no torrent, procurando poemas de Quintana, e escolhendo o quadro mais colorido pra postar aqui, quando pensei "Caralho!". Isso porque eu nem estava ouvindo One (U2), enquanto saboreava a sonoridade suja, ou jogando meu triste futebol e isso porque eu nem estava ouvindo Chico Buarque ou cantando Loser Manos ou fazendo um miojo, por que meus pais viajaram e não sei fazer nada na cozinha. Aí eu pensei que legal seria se tudo pudesse ser colocado num liquidificador ou coisa do tipo, pra ver no que dá. Que tal Amarante em pop art, ou Chico vestido a la beatles style, com um tempero de galinha caipira, na mesma mesa que minha primeira namorada, vestida de cinta-liga. Seria bem bonito de se ver. Meu deus, que besta que eu sou. Às vezes gostaria de ser como aquelas pessoas que fazem de tudo ao mesmo tempo: cursam fotografia, fazem teatro, canto, guitarra, crochê, namoram, inglês, mandarim, culinária e todo tipo de coisa.
Tá, mentira. Isso também não é verdade.
Queria bem era fazer um pacto com o demônio, parecido com o Fausto, de Goethe. Na verdade, é meio que um pacto ao contrário, ao invés de viver 24 anos para cair na farra em orgias e sodomias, queria o tempo necessário para ler tudo em uma biblioteca. Também não iria envelhecer, mas o tempo iria parar. Estou entrando em devaneios. Me dispercei. Era pra eu falar sobre palavrão! Droga. Que merda. Mas não dá tempo pra reescrever. Vai assim mesmo. Porra... Tem coisas que só um palavrão faz pela gente.